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  27/01/2010 17:47:30
São Paulo - A confiança dos industriais brasileiros na economia alcançou este mê >>
  27/01/2010 17:45:27
Confiança da indústria na economia é a maior em 11 anos >>
  27/01/2010 17:44:39
O Copom está certo; o mundo está errado >>

27/01/2010 17:44:39 - O Copom está certo; o mundo está errado

Hoje o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decide a nova taxa Selic. Há toda uma lógica, supostamente infalível, orientando a política de “metas inflacionárias” do Banco Central.

Primeiro, define-se uma meta de inflação a ser perseguida. Depois, analisam-se as expectativas do mercado em relação à inflação futura. Essas expectativas tomam por base as apostas em relação ao nível de atividade futura, à ocupação da capacidade instalada das empresas.

É uma aposta complicada. Para que haja inflação, é necessário a combinação de aumento da demanda, das compras dos consumidores, maior do que o aumento do investimento. Ocorre que para investir na ampliação dos seus negócios, os empresários precisam ter certeza de que a demanda continuará crescendo.

Quando vai se chegando no nível de utilização da capacidade instalada, o empresário toma a decisão de investir. Mas se, antes disso, o BC acena com aumento de juros, parte dos investimentos acaba.

De um lado, porque investir torna-se mais oneroso – devido ao aumento dos juros. De outro porque o aumento dos juros provocará uma redução da demanda futura.

Assim, em vez de um quadro de aumento da demanda e aumento dos investimentos – o que caracterizaria o chamado círculo virtuoso do crescimento -, o BC aborta esse movimento e fica no quadro da demanda desaquecida e investimento abortado.
Esse é o primeiro dos dilemas do sistema de “metas inflacionárias”.

***
O segundo dilema é a total dissonância em relação à política cambial. Quando o BC aumenta os juros, teoricamente provocará um aumento no fluxo de entrada de dólares. Esse movimento acarretará uma apreciação do real – que ficará mais caro em relação ao dólar. Com isso, haverá um barateamento tanto dos produtos importados quanto dos produtos exportados, com um efeito adicional sobre a queda da inflação.

***
Mas nos últimos dias, mesmo sabendo que o BC está sinalizando para uma alta futura dos juros, o dólar se desvalorizou. Passou a barreira dos R$ 1,80. Qual a razão?

Primeiro, a percepção de que a crise global não desapareceu. Há dúvidas sobre o ritmo de crescimento da China. Se esse rimo for reduzido, haverá queda nas exportações de produtos primários brasileiros, provocando uma desvalorização do real – já que entrarão menos dólares.

Segundo, a percepção de que a apreciação continuada no real provocará uma ampliação no rombo das contas externas. E levará, em um momento qualquer do ano, a uma desvalorização do real.

***
E aí entra a visão distorcida dos cabeças de planilha. Uma desvalorização cambial tem um efeito inicial sobre a inflação. Logo, tem que ser prevenida. Se se deixa o câmbio apreciar, as contas externas se deterioram e haverá um desvalorização cambial. O quadro internacional demonstra que, ao menor sinal de volta da crise internacional, haverá uma fuga de dólares do país – que será tão mais intensa quanto maior a necessidade do país financiar suas contas externas.

Mesmo assim, o BC prosseguirá impávido sua política de metas inflacionárias. E se não der certo, dirá que o mundo é que estava errado.

R$ 320 bi para rolar dívida

O Tesouro Nacional precisa de R$ 320,6 bilhões para rolar a dívida pública em 2010. A dívida total deste ano chega a R$ 400,1 bilhões, segundo o Relatório Anual da Dívida, e como já estão previstos R$ 79,5 bilhões em recursos orçamentários, a necessidade líquida cai. A dívida pública federal em 2009 atingiu R$ 1,497 trilhão, alta de 7,16% sobre 2008. Neste ano, a estratégia do Tesouro é deixar a dívida entre R$ 1,73 trilhão e R$ 1,6 trilhão.

Países ricos terão mais desemprego

O desemprego será um dos principais desafios dos países ricos em 2010. "Vamos ver números mais altos de desemprego, que podem se aproximar do teto em alguns países”, disse o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría. O ano será marcado por paradoxos econômicos, como melhora do crescimento, mas deterioração do desemprego, observa o secretário.

Déficit dos EUA pode cair neste ano

O déficit orçamentário nos Estados Unidos deve chegar a US$ 1,3 trilhão em 2010, segundo o Escritório do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em inglês), equivalente a cerca de 9,2% do PIB. O total está abaixo do déficit de 2009, que atingiu US$ 1,4 trilhão, ou 9,9% do PIB. No entanto, o déficit deste ano pode superar o de 2009 caso o Congresso aprove leis que aumentem os gastos e reduzam as receitas, diz o CBO.

Brasil vai crescer mais que o mundo

A economia brasileira deve crescer 4,7% este ano, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa projeção é melhor que a de outubro, de 3,5%, e do crescimento mundial previsto, de 3,9%. Os outros países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) também terão desempenho forte, avalia o FMI. Mas o fundo também alerta que ainda há riscos para a recuperação econômica mundial, como as dívidas públicas dos países ricos, infladas pela necessidade de estímulos emergenciais.

Europa não define retirada de estímulos

Os países da zona do euro ainda não definiram a data em que pretendem relaxar as medidas de estímulo econômico. Segundo o Banco Central Europeu (BCE), esse tipo de decisão é tomada trimestralmente. O membro do Conselho Executivo do BCE Jürgen Stark diz que a estratégia de saída "dependerá da evolução do mercado de divisas". O presidente do BC alemão, Axel Weber, ressalta que é preciso olhar as projeções de crescimento e inflação para tomar alguma decisão.

Japão pode ter rating rebaixado

A nota de crédito soberano do Japão pode ser rebaixada. A agência de classificação de risco Standard & Poors baixou a perspectiva do rating ‘AA’ da dívida japonesa de ‘estável’ para ‘negativa’, por refletir a visão "de que a menor flexibilidade de política econômica do Japão pode levar a uma redução [na classificação], a menos que sejam tomadas medidas para conter as pressões fiscais e de deflação". A dívida se aproxima de 200% do PIB, o maior patamar apresentado entre os países ricos.

Hoje o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decide a nova taxa Selic. Há toda uma lógica, supostamente infalível, orientando a política de “metas inflacionárias” do Banco Central.

Primeiro, define-se uma meta de inflação a ser perseguida. Depois, analisam-se as expectativas do mercado em relação à inflação futura. Essas expectativas tomam por base as apostas em relação ao nível de atividade futura, à ocupação da capacidade instalada das empresas.

É uma aposta complicada. Para que haja inflação, é necessário a combinação de aumento da demanda, das compras dos consumidores, maior do que o aumento do investimento. Ocorre que para investir na ampliação dos seus negócios, os empresários precisam ter certeza de que a demanda continuará crescendo.

Quando vai se chegando no nível de utilização da capacidade instalada, o empresário toma a decisão de investir. Mas se, antes disso, o BC acena com aumento de juros, parte dos investimentos acaba.

De um lado, porque investir torna-se mais oneroso – devido ao aumento dos juros. De outro porque o aumento dos juros provocará uma redução da demanda futura.

Assim, em vez de um quadro de aumento da demanda e aumento dos investimentos – o que caracterizaria o chamado círculo virtuoso do crescimento -, o BC aborta esse movimento e fica no quadro da demanda desaquecida e investimento abortado.
Esse é o primeiro dos dilemas do sistema de “metas inflacionárias”.

***
O segundo dilema é a total dissonância em relação à política cambial. Quando o BC aumenta os juros, teoricamente provocará um aumento no fluxo de entrada de dólares. Esse movimento acarretará uma apreciação do real – que ficará mais caro em relação ao dólar. Com isso, haverá um barateamento tanto dos produtos importados quanto dos produtos exportados, com um efeito adicional sobre a queda da inflação.

***
Mas nos últimos dias, mesmo sabendo que o BC está sinalizando para uma alta futura dos juros, o dólar se desvalorizou. Passou a barreira dos R$ 1,80. Qual a razão?

Primeiro, a percepção de que a crise global não desapareceu. Há dúvidas sobre o ritmo de crescimento da China. Se esse rimo for reduzido, haverá queda nas exportações de produtos primários brasileiros, provocando uma desvalorização do real – já que entrarão menos dólares.

Segundo, a percepção de que a apreciação continuada no real provocará uma ampliação no rombo das contas externas. E levará, em um momento qualquer do ano, a uma desvalorização do real.

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E aí entra a visão distorcida dos cabeças de planilha. Uma desvalorização cambial tem um efeito inicial sobre a inflação. Logo, tem que ser prevenida. Se se deixa o câmbio apreciar, as contas externas se deterioram e haverá um desvalorização cambial. O quadro internacional demonstra que, ao menor sinal de volta da crise internacional, haverá uma fuga de dólares do país – que será tão mais intensa quanto maior a necessidade do país financiar suas contas externas.

Mesmo assim, o BC prosseguirá impávido sua política de metas inflacionárias. E se não der certo, dirá que o mundo é que estava errado.

R$ 320 bi para rolar dívida

O Tesouro Nacional precisa de R$ 320,6 bilhões para rolar a dívida pública em 2010. A dívida total deste ano chega a R$ 400,1 bilhões, segundo o Relatório Anual da Dívida, e como já estão previstos R$ 79,5 bilhões em recursos orçamentários, a necessidade líquida cai. A dívida pública federal em 2009 atingiu R$ 1,497 trilhão, alta de 7,16% sobre 2008. Neste ano, a estratégia do Tesouro é deixar a dívida entre R$ 1,73 trilhão e R$ 1,6 trilhão.

Países ricos terão mais desemprego

O desemprego será um dos principais desafios dos países ricos em 2010. "Vamos ver números mais altos de desemprego, que podem se aproximar do teto em alguns países”, disse o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría. O ano será marcado por paradoxos econômicos, como melhora do crescimento, mas deterioração do desemprego, observa o secretário.

Déficit dos EUA pode cair neste ano

O déficit orçamentário nos Estados Unidos deve chegar a US$ 1,3 trilhão em 2010, segundo o Escritório do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em inglês), equivalente a cerca de 9,2% do PIB. O total está abaixo do déficit de 2009, que atingiu US$ 1,4 trilhão, ou 9,9% do PIB. No entanto, o déficit deste ano pode superar o de 2009 caso o Congresso aprove leis que aumentem os gastos e reduzam as receitas, diz o CBO.

Brasil vai crescer mais que o mundo

A economia brasileira deve crescer 4,7% este ano, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa projeção é melhor que a de outubro, de 3,5%, e do crescimento mundial previsto, de 3,9%. Os outros países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) também terão desempenho forte, avalia o FMI. Mas o fundo também alerta que ainda há riscos para a recuperação econômica mundial, como as dívidas públicas dos países ricos, infladas pela necessidade de estímulos emergenciais.

Europa não define retirada de estímulos

Os países da zona do euro ainda não definiram a data em que pretendem relaxar as medidas de estímulo econômico. Segundo o Banco Central Europeu (BCE), esse tipo de decisão é tomada trimestralmente. O membro do Conselho Executivo do BCE Jürgen Stark diz que a estratégia de saída "dependerá da evolução do mercado de divisas". O presidente do BC alemão, Axel Weber, ressalta que é preciso olhar as projeções de crescimento e inflação para tomar alguma decisão.

Japão pode ter rating rebaixado

A nota de crédito soberano do Japão pode ser rebaixada. A agência de classificação de risco Standard & Poors baixou a perspectiva do rating ‘AA’ da dívida japonesa de ‘estável’ para ‘negativa’, por refletir a visão "de que a menor flexibilidade de política econômica do Japão pode levar a uma redução [na classificação], a menos que sejam tomadas medidas para conter as pressões fiscais e de deflação". A dívida se aproxima de 200% do PIB, o maior patamar apresentado entre os países ricos.

Hoje o COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decide a nova taxa Selic. Há toda uma lógica, supostamente infalível, orientando a política de “metas inflacionárias” do Banco Central.

Primeiro, define-se uma meta de inflação a ser perseguida. Depois, analisam-se as expectativas do mercado em relação à inflação futura. Essas expectativas tomam por base as apostas em relação ao nível de atividade futura, à ocupação da capacidade instalada das empresas.

É uma aposta complicada. Para que haja inflação, é necessário a combinação de aumento da demanda, das compras dos consumidores, maior do que o aumento do investimento. Ocorre que para investir na ampliação dos seus negócios, os empresários precisam ter certeza de que a demanda continuará crescendo.

Quando vai se chegando no nível de utilização da capacidade instalada, o empresário toma a decisão de investir. Mas se, antes disso, o BC acena com aumento de juros, parte dos investimentos acaba.

De um lado, porque investir torna-se mais oneroso – devido ao aumento dos juros. De outro porque o aumento dos juros provocará uma redução da demanda futura.

Assim, em vez de um quadro de aumento da demanda e aumento dos investimentos – o que caracterizaria o chamado círculo virtuoso do crescimento -, o BC aborta esse movimento e fica no quadro da demanda desaquecida e investimento abortado.
Esse é o primeiro dos dilemas do sistema de “metas inflacionárias”.

***
O segundo dilema é a total dissonância em relação à política cambial. Quando o BC aumenta os juros, teoricamente provocará um aumento no fluxo de entrada de dólares. Esse movimento acarretará uma apreciação do real – que ficará mais caro em relação ao dólar. Com isso, haverá um barateamento tanto dos produtos importados quanto dos produtos exportados, com um efeito adicional sobre a queda da inflação.

***
Mas nos últimos dias, mesmo sabendo que o BC está sinalizando para uma alta futura dos juros, o dólar se desvalorizou. Passou a barreira dos R$ 1,80. Qual a razão?

Primeiro, a percepção de que a crise global não desapareceu. Há dúvidas sobre o ritmo de crescimento da China. Se esse rimo for reduzido, haverá queda nas exportações de produtos primários brasileiros, provocando uma desvalorização do real – já que entrarão menos dólares.

Segundo, a percepção de que a apreciação continuada no real provocará uma ampliação no rombo das contas externas. E levará, em um momento qualquer do ano, a uma desvalorização do real.

***
E aí entra a visão distorcida dos cabeças de planilha. Uma desvalorização cambial tem um efeito inicial sobre a inflação. Logo, tem que ser prevenida. Se se deixa o câmbio apreciar, as contas externas se deterioram e haverá um desvalorização cambial. O quadro internacional demonstra que, ao menor sinal de volta da crise internacional, haverá uma fuga de dólares do país – que será tão mais intensa quanto maior a necessidade do país financiar suas contas externas.

Mesmo assim, o BC prosseguirá impávido sua política de metas inflacionárias. E se não der certo, dirá que o mundo é que estava errado.

R$ 320 bi para rolar dívida

O Tesouro Nacional precisa de R$ 320,6 bilhões para rolar a dívida pública em 2010. A dívida total deste ano chega a R$ 400,1 bilhões, segundo o Relatório Anual da Dívida, e como já estão previstos R$ 79,5 bilhões em recursos orçamentários, a necessidade líquida cai. A dívida pública federal em 2009 atingiu R$ 1,497 trilhão, alta de 7,16% sobre 2008. Neste ano, a estratégia do Tesouro é deixar a dívida entre R$ 1,73 trilhão e R$ 1,6 trilhão.

Países ricos terão mais desemprego

O desemprego será um dos principais desafios dos países ricos em 2010. "Vamos ver números mais altos de desemprego, que podem se aproximar do teto em alguns países”, disse o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría. O ano será marcado por paradoxos econômicos, como melhora do crescimento, mas deterioração do desemprego, observa o secretário.

Déficit dos EUA pode cair neste ano

O déficit orçamentário nos Estados Unidos deve chegar a US$ 1,3 trilhão em 2010, segundo o Escritório do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em inglês), equivalente a cerca de 9,2% do PIB. O total está abaixo do déficit de 2009, que atingiu US$ 1,4 trilhão, ou 9,9% do PIB. No entanto, o déficit deste ano pode superar o de 2009 caso o Congresso aprove leis que aumentem os gastos e reduzam as receitas, diz o CBO.

Brasil vai crescer mais que o mundo

A economia brasileira deve crescer 4,7% este ano, segundo estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI). Essa projeção é melhor que a de outubro, de 3,5%, e do crescimento mundial previsto, de 3,9%. Os outros países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) também terão desempenho forte, avalia o FMI. Mas o fundo também alerta que ainda há riscos para a recuperação econômica mundial, como as dívidas públicas dos países ricos, infladas pela necessidade de estímulos emergenciais.

Europa não define retirada de estímulos

Os países da zona do euro ainda não definiram a data em que pretendem relaxar as medidas de estímulo econômico. Segundo o Banco Central Europeu (BCE), esse tipo de decisão é tomada trimestralmente. O membro do Conselho Executivo do BCE Jürgen Stark diz que a estratégia de saída "dependerá da evolução do mercado de divisas". O presidente do BC alemão, Axel Weber, ressalta que é preciso olhar as projeções de crescimento e inflação para tomar alguma decisão.

Japão pode ter rating rebaixado

A nota de crédito soberano do Japão pode ser rebaixada. A agência de classificação de risco Standard & Poors baixou a perspectiva do rating ‘AA’ da dívida japonesa de ‘estável’ para ‘negativa’, por refletir a visão "de que a menor flexibilidade de política econômica do Japão pode levar a uma redução [na classificação], a menos que sejam tomadas medidas para conter as pressões fiscais e de deflação". A dívida se aproxima de 200% do PIB, o maior patamar apresentado entre os países ricos.

Luís Nassif, colunista do Último Segundo